quarta-feira, 4 de junho de 2014

Amazonas registrou aumento de 40% nos acidentes aéreos no ano passado.


Maior parte das ocorrências foi registrada em 2013 e envolveu aeronaves convencionais, a maioria particulares, e helicópteros, em municípios do Estado, segundo a Anac.


Manaus - De janeiro a dezembro do ano passado, o número de acidentes aéreos no Amazonas cresceu 40% em comparação com o mesmo período de 2012, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Sete ocorrências foram registradas no Estado, em 2013, contra apenas cinco no ano anterior. Na última sexta-feira, um avião vindo de Coari com 49 passageiros a bordo fez um pouso de emergência no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus, após o trem de pouso bater em uma anta durante a decolagem na pista do terminal da Base de Urucu, em Coari.

Aeronaves convencionais, a maioria particulares, e helicópteros estiveram entre os envolvidos nos acidentes. Manaus e Tefé ocuparam o primeiro lugar no ranking dos municípios com registros de ocorrências, com duas cada. Atalaia do Norte, Envira e Canutama, com um caso cada, respectivamente, estão em segundo lugar na lista de municípios com mais ocorrências.

Em 2011, cinco ocorrências foram comunicadas à Anac. No ano anterior, apenas dois casos foram notificados. Já em 2012, Envira, Manaus, Tefé, Juruá e Pauini foram os municípios que tiveram casos constatados pela Anac.

No dia 24 de janeiro daquele ano, um avião modelo sêneca da empresa Tio Táxi Aéreo, vindo de Tefé, caiu na Rua Sergipe, no Parque das Laranjeiras, zona centro-sul, deixando os pilotos e dois passageiros com ferimentos leves. O acidente, segundo a Anac, teve como causa a “perda de controle em voo”. A queda causou danos a quatro carros da empresa Control Construção porque o avião explodiu no estacionamento do empreendimento momentos depois que os ocupantes saíram.

Também de propriedade da Tio Táxi Aéreo vindo de Tefé, um helicóptero apresentou problemas no para-brisas, janela e porta, conforme a agência de controle da aviação civil, no dia 2 de março. O caso ocorreu ano passado. Também em 2013, no dia 22 de abril, uma aeronave da Tucano Táxi Aéreo Ltda. bateu em um obstáculo no solo. Outro acidente foi a queda de um avião bimotor da empresa Rio Acre Táxi Aéreo, no Rio Tarauacá, município de Envira (distante 1.206 quilômetros de Manaus), no dia 7 de junho. Ninguém morreu no acidente.

No dia 14 de junho, um helicóptero de propriedade da empresa HRT O & G Exploração e Produção de Petróleo Ltda. caiu próximo a Tefé, matando o piloto e o mecânico. Voando com destino à Base de Urucu, em Coari, a aeronave, segundo a Aeronáutica, na época, teria perdido contato com a base 15 minutos após a decolagem.

No dia 18 de junho e 16 de julho, outros dois acidentes aéreos foram registrados em Canutama e Manaus, respectivamente. Problemas com o trem de pouso e perda de componente em voo teriam ocasionado os problemas, apurou a Anac.

Segundo o chefe do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa-7), tenente coronel Ricardo do Carmo, nem sempre os acidentes estão relacionados à falta de manutenção da aeronave. “Nós temos diversos fatores que podem contribuir para uma ocorrência aeronáutica. Pode ser falta de manutenção, condições meteorológicas, ingestão de bebidas alcoólicas ou mesmo erro de projeto”, disse.

Carmo destacou, ainda, que as estatísticas da Anac não representam o total de acidentes ocorridos no Estado, uma vez que nem sempre os envolvidos registram boletim de ocorrência e notificam o acidente.

“Existe o que nós chamamos de cifra negra que é a média de ocorrências que estimamos não serem notificadas. Há alguns meses, tivemos que registrar nós mesmos o boletim de ocorrência de um acidente próximo a Iranduba porque o operador não o fez”, afirmou o oficial, destacando que o setor agrícola, por falta de conhecimento dos operadores sobre as normas de voo e da construção artesanal dos aviões, é o segmento que menos notifica acidentes.

Impedido de aplicar punições, o Seripa é responsável por coletar provas, apurar os fatos que contribuíram para o sinistro e emitir recomendações de segurança aos envolvidos em acidentes aéreos.

(Fonte: D24am.com )


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